A Última Investida: O Poder dos Cavaleiros (FIM)

O campo de batalha estava tomado por uma energia avassaladora. Mu, Siegfried, Saga e Elcid, em meio ao caos da arena, encontraram um momento de unidade. Seus corpos estavam exaustos, suas almas pesadas com o peso das batalhas recentes, mas seus cosmos continuavam a brilhar intensamente. E então, em um momento de clareza, compreenderam: apenas um ato supremo poderia trazer o equilíbrio. Eles iriam realizar a Exclamação de Athena, o ataque proibido, um poder capaz de rivalizar com o deuses.

Os deuses observavam. Eles perceberam a traição no ar, o desejo dos cavaleiros de confrontá-los. Atena, Hades, Poseidon e os outros deuses sabiam que os cavaleiros estavam se unindo contra eles, e precisavam agir antes que o ataque pudesse ser finalizado.

No exato momento em que a Exclamação de Athena estava para ser lançada, um poder divino varreu a arena. Alberich de Megrez, Gordon de Minotauro, Sylphid de Basilisco e Luco de Sirius, que lutavam em outra parte da arena, foram imediatamente transportados para o local onde os Cavaleiros de Ouro estavam reunidos. A força dos deuses, invisível e inquestionável, fez com que os quatro guerreiros restantes se materializassem ao lado dos cavaleiros que já haviam concentrado seus cosmos.

Antes que qualquer um deles pudesse questionar a situação, uma voz ressoou em suas mentes; “Somem suas forças. O destino do universo depende disso. Agora, direcionem o ataque para aquilo que realmente ameaça toda a criação.”

Os oito cavaleiros, até então inimigos, se entreolharam. Mesmo sem palavras, sabiam que resistir àquela voz seria inútil. Seus cosmos, que antes se chocavam uns contra os outros, começaram a se entrelaçar em harmonia. O poder dos cavaleiros se elevou a alturas inimagináveis, e a Exclamação de Athena, agora alimentada por oito guerreiros, tornou-se uma força de destruição absoluta. O cosmo combinado deles rasgava o tecido da realidade ao seu redor, brilhando com uma luz tão intensa que parecia impossível contê-la.

A explosão de poder rugiu na direção dos deuses, uma onda imparável de energia, capaz de obliterar qualquer coisa em seu caminho. O campo de batalha tremia, e por um breve momento, a própria terra parecia se partir sob a pressão do ataque.

Mas os deuses não se moveram.

Com um gesto preciso, Atena ergueu sua mão novamente. Desta vez, não era para repelir o ataque diretamente, mas para desviar sua direção. Junto a ela, Hades e Poseidon também canalizaram suas forças divinas. O poder absoluto da Exclamação de Athena, potencializado pela união dos oito cavaleiros, foi redirecionado. Os deuses canalizaram a energia para um ponto específico no universo: a brecha que se formava entre os mundos, o lugar onde Narkaloth, a entidade suprema de destruição, começava a despertar.

O portal que prendia Narkaloth já estava instável, sua superfície vibrava com uma energia negra e caótica. O ciclo da entidade estava prestes a se completar, e o universo inteiro tremia com sua iminente libertação. Mas antes que Narkaloth pudesse romper completamente suas correntes cósmicas, a força combinada dos cavaleiros e dos deuses colidiu com a brecha. A luz da Exclamação de Athena envolveu o portal, esmagando sua abertura, impedindo o despertar da entidade.

A destruição foi instantânea.


Narkaloth, preso entre dois mundos, foi consumido pela energia. Um grito ensurdecedor ressoou pelas profundezas do cosmos, mas logo se dissipou no vazio. A ameaça suprema ao universo foi eliminada antes que pudesse sequer emergir completamente. A entidade de destruição havia sido derrotada, não pelos deuses sozinhos, mas pela união improvável de guerreiros mortais e seres divinos.

Quando o ataque terminou, a arena ficou em completo silêncio. Os cavaleiros, ainda ofegantes, caíram de joelhos, exaustos e surpresos com o desfecho. Os deuses, impassíveis, observavam a cena, seus olhares impenetráveis.

Atena deu um passo à frente, sua voz ecoando pela arena: "A verdadeira ameaça foi eliminada. Vocês lutaram bravamente, mas jamais se esqueçam de quem realmente detém o poder sobre a criação e a destruição."

Com essas palavras, os deuses se retiraram, suas figuras desaparecendo lentamente no ar. O céu, antes tomado por nuvens escuras e tempestades de energia, começou a clarear, e a paz finalmente retornou à Terra.

Os cavaleiros, embora derrotados em seu intento original, sabiam que haviam sido parte de algo muito maior. A paz havia sido restaurada, e Narkaloth, a entidade suprema de destruição, não ameaçaria mais o universo. A Terra, mais uma vez, estava a salvo.